Minhas águas devem secar no próximo verão.
Minha boca vai calar seu grito no próximo mês.
Meu ronco no peito vai arrebentar amanhã.
Depois de amanhã eu devo te encontrar.
Lá, naquele bar, que tocou nossa primeira canção.
Até a este instante eu serei o fim de minha vida.
Pra recomeçar o tempo do mundo entre você e eu.
Entre nós as águas, o verão, o grito, o mês
e a compreensão das palavras não ditas.
Vem, meu bem, meu mal, meu sol irreal.
Vem, que seja inverno, que seja outono...
Mas que me venha tão completo e bonito.
Sempre assim: no início da noite, a promessa;
no fim da noite, o conflito e a despedida triste.
Um dia, se a primavera bater em nosso quintal,
construiremos um bangalô feito cabana tribal.
Moraremos nele infinitamente até nunca mais.
Neusa Azevedo
quarta-feira, 3 de junho de 2009
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- qê liindO Neusa....to adorandO ler seus pOemas....
ResponderExcluirEstão todos lindOss...