terça-feira, 2 de junho de 2009

Dia Branco

Meus versos correm rasos,
despedi a dor nesta manhã
que trouxe um dia luzidio.
Despedi mesmo foi a vida
quando me isolei da dor.
Meu remorso é claro e insondável,
na esperança, apenas possível, sou vã.
Quero colher da vida o néctar:
pois, dentro do amarelo pode haver bolhas,
e vivo mais já que me revisto de contrário.
Só me resta acolher a dor.

Neusa Azevedo

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