Adiei minhas decisões para o amanhã.
Talvez, as transfira para depois de amanhã.
Resultados das frustrações vagas do hoje.
Preciso sentir que cumpri um anel no dedo,
um enlace (entre meu pulso e o curso),
potente, dizente, talvez em mim malevolente.
(Mas, que algo de mim nascesse do mal para o bem.).
No transcorrer das longas horas, abafo-me de pesares,
quero cumprir um sentimento, ao menos, um novo pensamento.
Se não me movo daqui, perco as pernadas.
Só me resta pulmão e as intermináveis tragadas.
Mas, que ambição mais louca! Que louca essa ambição!
Posso, ao menos, fingir descanso em rede.
Não vim ao mundo para provar atitudes, similitudes.
Posso (ao menos sonho) estar pedra bruta à beira de me lapidar.
Neusa Azevedo
quarta-feira, 3 de junho de 2009
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E quando você pariu esse poema,cumpriu um pensamento e se lapidou mais um pouco!
ResponderExcluirFala sobre estar estático,mas sua criação
se opõe a inércia...meio paradoxal a sensação que eu tive.