“Pra que rimar amor e dor?”
Estou caetaneando, uma,
duas, três, e perdi contas,
não quero saber as vezes.
“Pra que rimar amor e dor?”
Ele vai recantando, lindo...
Ele descobriu a rima, ima.
Or, or, or! Viu valor. Or!
Afinal, são coisas da vida.
Não fosse o amor que dor?
Não fosse a dor que amor?
Telas de Feline, Manzine.
Qualquer dia caetaneando,
vou ao poço sensível, ali
ligar a razão da sem-cem
razão de coração-solidão.
Pra que rimar, rimar, rimar?
Pra que imaginar, imaginar?
Pra que ferir, ferir, ferir, rir?
Pra que sofrer, ser e temer?
“Melhor mesmo é a rima,
que se repete, e peteca
meu violão de mão em mão:
“Pra que rimar amor e dor?”
Neusa Azevedo
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