sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Enquanto Há Tempo, Meu Amor

Todas as horas. Passam todas as horas.
Se conto segundos e minutos, não importa.
As horas passam sem piedade.
Domingo passado já não repica mais o sino da missa,.
no próximo domingo é um novo repicar.
Tudo parece igual, mas não é. Tudo é novidade.
O aniversário de uma amiga que no ano passado foi na quinta,
hoje completará o ano seguinte de sua vida na sexta.
No natal, quando todos se abraçam e desejam paz uns aos outros,
noto na face de minha mãe uma cavada ruga a mais;
noto em meu pai os cabelos brancos que lhe tomam toda a cabeça.
O tempo é cruel. Ele não para na encruzilhada, nem ao menos na reta.
O tempo do tempo segue estrada afora e marca toda a diferença. Sempre,
tudo, tudo parece igual. Todo dia é dia. Toda noite é noite.
E vamos ora brincando, ora levando a sério.
Mas sempre na vida e pela vida, por anos a fio.
E você me beijou ontem numa esquina. Este beijo morre comigo também.
Tudo que é belo ou feio vai passar para além da fronteira.
Mas ouça mais uma vez: eu amo você.

3 comentários:

  1. É engraçado ver o tempo passar. Até porque nunca se sabe até onde vai o nosso tempo. E é muito bom dizer um ''eu te amo'' sincero, pra uma pessoa de amor sincero. Parabéns pelo poema!

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  2. Nossa poema muito bom! me senti muito bem em lelo... o tempo o reflexo do eterno retorno!

    Ele vai, vai e vai
    ele volta, volta e volta

    algo que entrou e
    talvez nunca sai

    é o tempo reflexo
    do eterno retorno

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  3. Achei seu poema muito bom, ao ler imaginei ele sendo recitado em um Sarau, é muito bonito. Parabéns

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