O moço caminha e vai só, muito só, de um jeito seu.
Todos os dias ele caminha todo o tempo...
Subindo e descendo ele caminha e caminha...
Este é seu afazer, dever de casa, tudo que há.
Não faz mal a ninguém. Não diz nada.
Só caminha e às vezes olha.
Quando enxerga um olhar.
Quem o vê, vê a esperança.
Quer ser entendido no olhar.
Moço pobre e rico moço.
Tem tudo: a boca para falar,
os olhos para sorrir, afirmar, negar
E acima de tudo caminha.
Vai pela mão e contramão.
Quem dera que um passante pudesse lhe dar qualquer coisa:
Um abraço, uma palavra, uma compreensão.
De vez em quando em sua pressa em caminhar
para chegar a lugar algum, ele para.
E com seu rosto castigado... fala oi.
Depois corre dando pulinhos saltitantes.
Ele é louco. Muitos têm medo dele.
Mas, o coitado que na vida só caminha acima e abaixo
Só quer sentir saudade da mãe que se foi e correr da solidão da inércia.
Vamos! Não tenham medo. Isso é loucura?
Dêem um sorriso e um perto de mão, ao menos, isso.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
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