sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Enquanto Há Tempo, Meu Amor

Todas as horas. Passam todas as horas.
Se conto segundos e minutos, não importa.
As horas passam sem piedade.
Domingo passado já não repica mais o sino da missa,.
no próximo domingo é um novo repicar.
Tudo parece igual, mas não é. Tudo é novidade.
O aniversário de uma amiga que no ano passado foi na quinta,
hoje completará o ano seguinte de sua vida na sexta.
No natal, quando todos se abraçam e desejam paz uns aos outros,
noto na face de minha mãe uma cavada ruga a mais;
noto em meu pai os cabelos brancos que lhe tomam toda a cabeça.
O tempo é cruel. Ele não para na encruzilhada, nem ao menos na reta.
O tempo do tempo segue estrada afora e marca toda a diferença. Sempre,
tudo, tudo parece igual. Todo dia é dia. Toda noite é noite.
E vamos ora brincando, ora levando a sério.
Mas sempre na vida e pela vida, por anos a fio.
E você me beijou ontem numa esquina. Este beijo morre comigo também.
Tudo que é belo ou feio vai passar para além da fronteira.
Mas ouça mais uma vez: eu amo você.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Banco à Minha Porta

Quando eu me sento no banco que fica na porta de minha casa,
vou reparando pessoas que passam tristes;
pessoas que passam alegres;
aqueles que andam devagar, pensativos;
outros que seguem correndo, um passo sempre a mais.
Não sei como me identifico com eles, mas me identifico.
Em todos passantes eu sigo meu reflexo.
Com os tristes eu sinto como dói meu coração por tudo que há.
Com os alegres eu descubro minha esperança em tudo que há.
Com os pensativos e lentos, eu questiono os desencontros em muita coisa que há.
Com os que seguem correndo eu percebo minha parte ansiosa que em instantes há.
Acontece que meu sentimento é um sentimento do mundo.
Eu sozinha sinto: tristeza, alegria, lentidão, indagações, ansiedade... o universo.
Mas, eu só estou pensando o que me vai ao peito, à mente.
Tudo é junto: idéia e coração.
Quem se salva primeiro? Nenhum. Idéia e coração são muito juntos, misturados.
A diferença é como eu pego o mundo pelas mãos e o miro.
O que tudo muda é: como meu olhar está sobre tudo que há e como eu vou manifestá-lo.
Estou sentada no banco à minha porta, sou como todos, todos como eu.
Mas que diferença o que vibra no olho de todos que passam.
Será que podemos chamar a isso de alma?

Banco à Minha Porta

Quando eu me sento no banco que fica na porta de minha casa,
vou reparando pessoas que passam tristes;
pessoas que passam alegres;
aqueles que andam devagar, pensativos;
outros que seguem correndo, um passo sempre a mais.
Não sei como me identifico com eles, mas me identifico.
Em todos passantes eu sigo meu reflexo.
Com os tristes eu sinto como dói meu coração por tudo que há.
Com os alegres eu descubro minha esperança em tudo que há.
Com os pensativos e lentos, eu questiono os desencontros em muita coisa que há.
Com os que seguem correndo eu percebo minha parte ansiosa que em instantes há.
Acontece que meu sentimento é um sentimento do mundo.
Eu sozinha sinto: tristeza, alegria, lentidão, indagações, ansiedade... o universo.
Mas, eu só estou pensando o que me vai ao peito, à mente.
Tudo é junto: idéia e coração.
Quem se salva primeiro? Nenhum. Idéia e coração são muito juntos, misturados.
A diferença é como eu pego o mundo pelas mãos e o miro.
O que tudo muda é: como meu olhar está sobre tudo que há e como eu vou manifestá-lo.
Estou sentada no banco à minha porta, sou como todos, todos como eu.
Mas que diferença o que vibra no olho de todos que passam.
Será que podemos chamar a isso de alma?

Banco à Minha Porta

Quando eu me sento no banco que fica na porta de minha casa,
vou reparando pessoas que passam tristes;
pessoas que passam alegres;
aqueles que andam devagar, pensativos;
outros que seguem correndo, um passo sempre a mais.
Não sei como me identifico com eles, mas me identifico.
Em todos passantes eu sigo meu reflexo.
Com os tristes eu sinto como dói meu coração por tudo que há.
Com os alegres eu descubro minha esperança em tudo que há.
Com os pensativos e lentos, eu questiono os desencontros em muita coisa que há.
Com os que seguem correndo eu percebo minha parte ansiosa que em instantes há.
Acontece que meu sentimento é um sentimento do mundo.
Eu sozinha sinto: tristeza, alegria, lentidão, indagações, ansiedade... o universo.
Mas, eu só estou pensando o que me vai ao peito, à mente.
Tudo é junto: idéia e coração.
Quem se salva primeiro? Nenhum. Idéia e coração são muito juntos, misturados.
A diferença é como eu pego o mundo pelas mãos e o miro.
O que tudo muda é: como meu olhar está sobre tudo que há e como eu vou manifestá-lo.
Estou sentada no banco à minha porta, sou como todos, todos como eu.
Mas que diferença o que vibra no olho de todos que passam.
Será que podemos chamar a isso de alma?

Vamos brincar de roda?

Vamos brincar de ciranda
Roda, roda pega a canção
Vamos a rosa, a rodada
Ninguém para não, não

Vem, vem, você, José
Vem, vem, você João
Todos, todos, vêm,vêm
Vamos! De mãos dadas

Quem no centro da roda?
Vem! Maria e Joana
Escolhe, colhe a rosa
Da roda para brincar

Se tem ilusão, solta
a mão. Outra mão
Enlaçou? Gira, gira
Que festa é esta?

Somos peão na roda.
Somos sorte na vida.
Porque crianças, não
vamos deixar de ser.

Quem vai pegar a rosa da roda?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Amor Proibido

Amor Proibido

Todo o tempo eu penso em ti
Desejo os teus beijos doces
vejo teu olhar em chamas
Pego em tuas mãos fortes

Mas, ai, ai,ai onde estás?
Em meu medo de amar.
Em teu santo violão...
Em tua bebida sagrada.

Todos os dias eu te quero...
Dia algum eu me aventuro
Tua vida é trancada...
Minha vida não tem chave.

Segredos e segredos...
Posso pensar em ti
em livres pensamentos.
Não posso ficar contigo.

Se uma vela acesa estiver
iluminando a noite escura.
no maior breu quero-te
Luzes de postes? Fujo.

Não há nada que me faça
libertar-me para ti?
Porque é a ti que eu amo.
Mas é a ti que renego.

Amo o que não é perdoável,
meu sincero e vadio amor,
esconda teu rosto na nota
de suas canções ao violão.

Quero perder-me na canção perdida.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pessoas Raras

Gostar das pessoas é maravilhoso.
Mas, por que sempre sofremos?
Se alguém está em nossa rotina,
precisamos dele todos os dias.
Não cabe o vazio da falta,
porque algo passa a incomodar.

Mas se além de gostarmos de uma pessoa
ela passa a marcar um diferencial em nossas vidas,
ah aí sem ela tudo parece um barco sem rumo, sem porto.
Porque uma pessoa muito querida é uma luz em nossos corações.
Não é necessário que seja um amor, um companheiro.
Basta apenas esta pessoa ser única, não haver ninguém parecido a ela.

Essas pessoas especiais são jóias raras, encantadoras e sensíveis.
São capazes de gostar com zelo e sabem cuidar com liberdade.
Sabem que nem o pássaro, para quem a gaiola foi feita,
é justo prender. Erram, são humanas, mas sabem pedir perdão
com um sorriso, com um aperto de mão ou com uma fala sincera.

Por isso temos tanto apreço por essas pessoas: não às encontramos
em qualquer lugar desta cidade, ou deste país, ou mesmo do universo.
Ah! Ah! Há que se pelejar muito para refazer nossas rotinas sem pessoas
assim nascidas, vividas, amadas e raposas de pequeno príncipe.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Busca

Caminho passos lentos pela sala. Vou indo. Vou vindo.
Anteriormente, eu pousava o corpo em uma poltrona.
Agora não, vou lentamente sentindo-me branca como a lua.
Eu descalço piso e repiso o chão e demoro nele e sigo.

Caminho. Como é bom caminhar. Pareço voar. Um leve voar.
Penso no sol do amanhecer e o fogo se acende para mim.
Neste instante, no entanto, estou tocando a luz do abajur.
Mais translúcido é o brilho da lua que entra pela janela.

Se a iluminação está forte tento fugir-me da claridade.
Quero o sutil, o brilho leve, a penumbra, a sombra.
Porque enquanto mudo passos no ir e vir pela casa
Vou assim: pelejando-me, sentindo-me, buscando-me.

Não só meus pés estão nus e se limitam soltos e molengos.
Eu toda estou nua e desnudo-me a devagar a vaga do amor.
Antes, porém, eu busco e reviro-me no profundo do meu ser.
Tudo pela minha alma ardida, perdida, fadada e alagada.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Para não Sentir mais Saudades

É tarde e não me vem o sono.
É noite e alguém me roubou a paz.
Se eu não consigo dormir vou pensar em você.

Chegou há um tempo atrás.
Não sei medir este tempo.
Sei lembrar-me de seus olhos.
O momento que eles choravam.

Você era um homem de lágrimas.
Um coração arquejante batia e muito.
Também suas mãos seguravam minhas mãos,
Com que calor, com que leveza.

Como falava suave e ardentemente.
Também beijava-me assim, assim.
Sabia fechar-me os olhos com os lábios.
Nosso encostar de boca a boca de boa noite.

Quando antes ou depois de dormir
virávamos caracóis nos braços do outro.
E girávamos, a cama rodava e sonhávamos.
Íamos longe, somente nós dois buscar amanhã.

No outro dia os outros conosco...
O mundo inteiro a vivermos nele.
Tropeçávamos, caíamos...
Não sabíamos ser mais de dois.

Nesta noite insone quanta falta você me faz.
Dói-me o umbigo, o ventre, o peito em chamas.
Dói-me tudo. Mas, mesmo nesta solidão tamanha
Eu sei que posso estar entre todos.

O mundo é inteiro, diverso e grande demais.
Esta noite eu vou dormir, amanhã também.
Você se foi e eu fiquei somente para ser feliz.