Uma velha, que por velha, não devia ser chamada assim.
Mas, a quero velha que sendo velha mais bonita parecerá.
Seus braços se ornavam de pulseiras coloridas.
Seus olhos, ah seus olhos! Brilhavam a cor de seus pulsos.
Adorava as manhãs, pela madrugada passava quieta.
Porém, ao iniciar as luzes do dia, sorria, sorria à vida.
Tinha dores a nossa velha amada? Tinha lágrimas?
Certamente ela tinha sim: os dissabores da vida.
No entanto, o quanto viveu havia lhe preparado à felicidade.
Mínimos gestos, pequenas palavras ela soletrava,
com tanto vigor, com tanta força,
que suas rugas se escondiam no encanto da vida.
Esperava pela morte? Não, ela tinha certeza dela.
E quando se tem certeza de alguma coisa não é preciso afrontá-la.
Lírios, rosas, pequeninas flores coloriam os seus dias. Que jardim!
Jardins solenes de sua vida. Porque em um trono ela se sentava.
Sabia ser a princesa, sem reinado, no tempo, em todo infinito.
sábado, 19 de março de 2011
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Adoro a segunda linha, única com alusão à primeira pessoa. À você, mesmo que, presumo eu, seja somente parte de um grande você que o poema retrata. Quem dera se todos pudessem ver tantas cores.
ResponderExcluirObrigado por seu comentário Neuza no meu blog. =)
ResponderExcluirAchei seu texto sutil e tem combinações que eu adoro, jóias, flores e jardins. Ainda mais por que não sou de ter jóias, mas tenho flores e jardins, que no caso são as minhas.
Belo blog, Neusa. Sempre que puder postarei por aqui!
ResponderExcluirParabéns Neusa... Textos ótimos... Estarei sempre por aqui.. Abraços
ResponderExcluirPoxa, quanta sutileza nas palavras.
ResponderExcluirGostei do jardim...
Que ensinamento grandioso há em sua Obra! Todos nós somos donos do nosso reino, não é preciso adornar-nos com luxúrias e nobiliárquicos; a vida é nosso maior reino e nossas marcas(sinais da velhice) nosso principal trunfo,"Veni, vidi, vici" - a principal luta, VIVER!
ResponderExcluirParabéns Neusa, excelente post!
Esse é dez! Parabéns!
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