segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Amor Errante

Se eu soubesse definir o amor
eu voltaria aos princípios nossos
e encontraria você sempre inteiro
como uma nuvem planando no céu
e desfazendo no chão...

O amor é assim:
muito bonito e alto e límpido...
Mas, às vezes é água,
e o mundo parece esquecimento.

O amor não tem uma altura exata...
Por ser incerto é nuvem que às vezes chove...
Como seu olhar que me olha fundo
e me surpreende indo ao chão.

Se o amor fosse rente e firme
eu lhe aceitaria para sempre.
Mas esses pingos de sentimento
Ferem-me o coração.
Aí eu me calo; aí eu me aquieto,
e nossas noites viram sonhos.

Quem me dera ter você nos braços entre lençóis...
Por um dia, por mil dias.
Mas este amor que é o meu amor
não sabe ser amor.
E você some entre meus dedos, entre minhas nuvens.
E o ar... o ar? O ar me falta.

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