Não, eu não tenho para onde ir.
Se é assim tanto faz o meu passo e o vagar.
Então, cansada do nada quedei-me em busca da perfeição.
Parei estática aos pés de uma roseira.
As folhas verdes se embalavam pelo vento.
Que lindo o balançar das folhas verdes.
Mais caro era a rosa que diferente das outras,
sozinha se erguia às alturas.
Sim eu me encontrei na perfeição.
De tão extasiada segurei apertadamente um galho do pé.
Minhas mãos sangraram.
Eu havia sonhado com a perfeição.
No entanto o vermelho da rosa e o de minha mão sangrando
tinham o mesmo tom: um erguia ao céu, outro rompia no chão.
Neusa Azevedo
sábado, 4 de julho de 2009
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